quarta-feira, 17 de novembro de 2010

"Amor nos Tempos do Cólera"

Hoje li um texto sobre o filme "Amor nos Tempos do Cólera" que achei muito interessante, gostaria de deixar registrado aqui...talvez apenas para mim mesma, já que me identifiquei muito com o texto...para mim mesma, uma vez que não divulgo este blog...se é que posso chamá-lo de blog...é mais um espaço para que eu deixe registrado algumas coisas...qdo dá, qdo posso, qdo tenho vontade...depois de um tempo leio e na maioria das vezes dou risada de mim mesma...ou nao...
Então aqui vai alguns trechos do texto:

“Nunca estamos tão mal protegidos contra o sofrimento como quando amamos, nunca estamos tão irremediavelmente infelizes como quando perdemos a pessoa amada ou seu amor'(Freud). Acho essas frases notáveis porque elas dizem claramente o paradoxo incontornável do amor: mesmo sendo uma condição constitutiva da natureza humana, o amor é sempre a premissa insuperável dos nossos sofrimentos. Quanto mais se ama, mais se sofre”.(Nasio)

O chão do amor e dos vínculos nos remete à própria construção freudiana, a toda a complexidade fusional, onde união e desintegração, caminham sempre fusionados.

Essa dor o fará criar, viver aventuras, viagens, descobertas, em sua busca incessante de manter vivo dentro de si, o amor por Fermina. Em nome dessa dor e a partir dela, conquistará toda uma vida plena em fatos e acontecimentos.

Para Florentino a máxima de Freud(in “O Futuro de Uma Ilusão”) se aplicaria à reflexão:

"Meu amor, para mim, é algo valioso, que eu não devo jogar fora sem reflexão. A máxima* me impõe deveres para cujo cumprimento devo estar preparado e disposto a efetuar sacrifícios. Se amo uma pessoa, ela tem de merecer meu amor de alguma maneira. (Não estou levando em consideração o uso que dela posso fazer, nem sua possível significação para mim como objeto sexual...). Ela merecerá meu amor se for de tal modo semelhante a mim, em aspectos importantes, que eu me possa amar nela; merece-lo-á também, se for de tal modo mais perfeita do que eu, que nela possa amar meu ideal de meu próprio eu(self)”.


Se, ganhamos algo, com as modificações estruturais que hoje atravessam os vínculos, podemos ver que um deles, será exatamente a possibilidade de erguer o afeto acima das instituições.

É isso...

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